quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
México Cientistas avançam na busca de anticoncepcional masculino
http://www.youtube.com/watch?v=0GvItV_mzfU
China lança anticoncepcional para homens (1980)
http://www.youtube.com/watch?v=9e9ALwSr9FE&feature=related
Riscos para a Saúde
Renato Fraietta, membro do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia, explica que a injeção de hormônio oferece risco aos homens com câncer de próstata. Nesses casos, o uso do contraceptivo estaria proibido assim como as mulheres com câncer de mama que não podem tomar pílula. Isso porque ambos são tumores hormônio dependentes, que se "alimentam" do estrogênio ou da testosterona.
A situação mais arriscada para o uso do contraceptivo seria quando o homem tem a doença mas ainda não sabe. A injeção de hormônio poderia estimular as células cancerígenas. Outro fator preocupante, segundo o especialista, é o risco da infertilidade. O contraceptivo chinês tem uma baixa dose de hormônio, mas é difícil avaliar os efeitos em cada organismo. "O caso de dois homens que fizeram os testes e não voltaram a produzir espermatozoides pode comprovar a existência da variabilidade individual", diz.
A situação mais arriscada para o uso do contraceptivo seria quando o homem tem a doença mas ainda não sabe. A injeção de hormônio poderia estimular as células cancerígenas. Outro fator preocupante, segundo o especialista, é o risco da infertilidade. O contraceptivo chinês tem uma baixa dose de hormônio, mas é difícil avaliar os efeitos em cada organismo. "O caso de dois homens que fizeram os testes e não voltaram a produzir espermatozoides pode comprovar a existência da variabilidade individual", diz.
Os Anticoncepcionais Masculinos:
· Injetável – Há algum tempo atrás um gênio pensou nisso, juntou uma equipe que acreditou na idéia e então eles criaram um projeto de anticoncepcional masculino injetável, e hoje, ele já está sendo produzido e testado! O anticoncepcional masculino é baseado em compostos de testosterona, deixa a ejaculação livre de espermatozóides, e cada injeção duraria em torno de um ou dois meses. Ele funciona assim: A produção de espermatozóides é interrompida ou desacelerada, estando então os níveis de testosterona mais baixos nos testículos. Esta injeção também repõe a testosterona por meio da corrente sanguínea, então, além de acabar com os espermatozóides, ela mantém características masculinas provindas desse hormônio, como a barba por exemplo. Os possíveis efeitos colaterais são a diminuição de massa muscular, o aumento de peso, aparecimento de acne e alteração de humor. Mas os efeitos colaterais mais graves detectados foram o aumento do colesterol “ruim”, que pode gerar doenças como arteriosclerose e a possibilidade de deixar o homem estéril. Mas saiba que está em faze de testes, assim, possivelmente estes efeitos serão anulados ou no mínimo, amenizados.
· Ultra-Som – Vocês provavelmente sabem que o saco de vocês é pendurado porque os espermatozóides precisam estar aproximadamente um grau abaixo da temperatura do corpo. Baseado nisso alguém teve a brilhante idéia de utilizar o ultra-som para aquecer os testículos acabando com a eficácia dos bichinhos. É indolor, rápido e duraria algo em torno de seis meses. Os estudos devem ser concluídos em janeiro.
· Pílula – Já existe e foi testada, mas só deve chegar ao mercado em alguns anos. Isso por que sua eficácia está em torno de apenas noventa por cento, e os especialistas não acharam bom o bastante. Além disso, eles não acreditam que os homens assumam esse comportamento com tanta facilidade como as mulheres.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Responsabilidade Feminina ou Masculina?
A Dra. Patricia Fail, diz que "já é tempo dos homens dividirem a responsabilidade com as mulheres" ela é biologista chefe do projeto contraconceptivo masculino do Research Triangle Institute. Ao contrário do método usado com as mulheres, sua pesquisa procura substâncias não hormonais para controlar a fertilidade masculina. A vantagem é espantar o espectro que assusta os homens, os possíveis efeitos sobre a libido e a função sexual.
Estas abordagens podem diferir profundamente. O Dr. Joseph Hall, bioquímico e pesquisador do projeto do Estado da North Carolina quer "cegar" os espermatozóides, impedindo que eles possam achar o óvulo a ser fecundado. A Dra. Fail quer eliminá-los, pois acha isto mais seguro.
Os achados dos pesquisadores parecem promissores, porém transformar estes fatos em drogas viáveis é a grande dificuldade. Conscientes das dificuldades mercadológicas os grandes laboratórios não tem investido muito no setor. Parece-lhes mais adequado trabalhar na ponta do mercado que se dispõe a algum sacrifício para evitar uma gravidez indesejada. Todos os pesquisadores parecem ver o sucesso como algo distante no tempo. Assim a posição da vasectomia não parece ameaçada pelo lado masculino e a das drogas mais facilmente reversíveis e já bastante testadas pelas mulheres também não, pelo menos nos próximos anos.
Estas abordagens podem diferir profundamente. O Dr. Joseph Hall, bioquímico e pesquisador do projeto do Estado da North Carolina quer "cegar" os espermatozóides, impedindo que eles possam achar o óvulo a ser fecundado. A Dra. Fail quer eliminá-los, pois acha isto mais seguro.
Os achados dos pesquisadores parecem promissores, porém transformar estes fatos em drogas viáveis é a grande dificuldade. Conscientes das dificuldades mercadológicas os grandes laboratórios não tem investido muito no setor. Parece-lhes mais adequado trabalhar na ponta do mercado que se dispõe a algum sacrifício para evitar uma gravidez indesejada. Todos os pesquisadores parecem ver o sucesso como algo distante no tempo. Assim a posição da vasectomia não parece ameaçada pelo lado masculino e a das drogas mais facilmente reversíveis e já bastante testadas pelas mulheres também não, pelo menos nos próximos anos.
Com A Sexualidade e o Bem-Estar em Jogo
Os homens são, em todas as culturas, muito sensíveis a possíveis repercussões de qualquer método sobre sua sexualidade. A resistência básica quanto aos métodos hormonais parece se basear em seu temor de ver sua estável situação hormonal alterada. Ao contrário das mulheres, os homens não passam por constantes alterações dos níveis hormonais com suas repercussões sobre o humor e o comportamento.
De acordo com o ginecologista e obstetra Marco Aurélio dos Santos, de São Paulo, a procura por métodos anticonceptivos hormonais masculinos, em seu consultório, é praticamente nula. "Não há demanda, praticamente. A raça masculina não se propõe nem a usar camisinha, muito menos a tomar hormônios. A anticoncepção ainda é, entre os casais, uma tarefa feminina", comenta. Para as mulheres, segundo o Dr. Marco Aurélio, a escolha é entre o seu corpo que vai tomar hormônios e o seu corpo que vai engravidar. Para os homens, a escolha é entre o seu corpo e o corpo do outro. "Não resta dúvidas de que a mulher toma para si esta responsabilidade", conclui o médico.
O Dr. Hans Recker, diretor da N.V. Organon, companhia farmacêutica dos países baixos e responsável pelos estudos, espera que em mais quatro anos se possa estabelecer as dosagens ótimas e avaliar a efetividade do método em um uso de larga escala. Assim sendo, em 2005 um medicamento hormonal masculino de baixos efeitos colaterais poderia estar disponível sob a forma de pílula ou de implante.
Em qualquer hipótese, não será o fato de um medicamento confiável de uso masculino ser efetivo como anticoncepcional, o cerne da questão. O problema será psicológico além de sistêmico. Os homens até o momento têm se recusado a mesmo remotamente arriscar qualquer método que venha a ameaçar em algo sua masculinidade. A mera informação de que o hormônio envolvido seja o mesmo da pílula feminina será um problema para os publicitários envolvidos em eventuais campanhas.
Até 1995 os casos em que foram achados métodos orais anticoncepcionais masculinos tiveram efeitos que bloquearam seu sucesso: toxidade, impotência (que requeria suplementação de hormônio masculino para reverter o efeito indesejado) e irreversibilidade.
Algumas tentativas voltaram-se então para meios químicos que não fossem originários de substâncias hormonais, esta foi uma das linhas seguidas pela RTI, pesquisa apoiada pelo Contraceptive Development do National Institute of Child Health and Development.
Projetos na North Carolina State University, Research Triangle Institute, Duke University e outras instituições vêm tentando achar as chaves para abrir os mistérios do sistema reprodutivo masculino.
De acordo com o ginecologista e obstetra Marco Aurélio dos Santos, de São Paulo, a procura por métodos anticonceptivos hormonais masculinos, em seu consultório, é praticamente nula. "Não há demanda, praticamente. A raça masculina não se propõe nem a usar camisinha, muito menos a tomar hormônios. A anticoncepção ainda é, entre os casais, uma tarefa feminina", comenta. Para as mulheres, segundo o Dr. Marco Aurélio, a escolha é entre o seu corpo que vai tomar hormônios e o seu corpo que vai engravidar. Para os homens, a escolha é entre o seu corpo e o corpo do outro. "Não resta dúvidas de que a mulher toma para si esta responsabilidade", conclui o médico.
O Dr. Hans Recker, diretor da N.V. Organon, companhia farmacêutica dos países baixos e responsável pelos estudos, espera que em mais quatro anos se possa estabelecer as dosagens ótimas e avaliar a efetividade do método em um uso de larga escala. Assim sendo, em 2005 um medicamento hormonal masculino de baixos efeitos colaterais poderia estar disponível sob a forma de pílula ou de implante.
Em qualquer hipótese, não será o fato de um medicamento confiável de uso masculino ser efetivo como anticoncepcional, o cerne da questão. O problema será psicológico além de sistêmico. Os homens até o momento têm se recusado a mesmo remotamente arriscar qualquer método que venha a ameaçar em algo sua masculinidade. A mera informação de que o hormônio envolvido seja o mesmo da pílula feminina será um problema para os publicitários envolvidos em eventuais campanhas.
Até 1995 os casos em que foram achados métodos orais anticoncepcionais masculinos tiveram efeitos que bloquearam seu sucesso: toxidade, impotência (que requeria suplementação de hormônio masculino para reverter o efeito indesejado) e irreversibilidade.
Algumas tentativas voltaram-se então para meios químicos que não fossem originários de substâncias hormonais, esta foi uma das linhas seguidas pela RTI, pesquisa apoiada pelo Contraceptive Development do National Institute of Child Health and Development.
Projetos na North Carolina State University, Research Triangle Institute, Duke University e outras instituições vêm tentando achar as chaves para abrir os mistérios do sistema reprodutivo masculino.
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